Todos os combatentes da base militar da Renamo, localizada no distrito de Mabote, província de Inhambane, já passaram pelo processo de desmobilização e regressam às suas comunidades, anunciou hoje Mirko Manzoni, enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas para Moçambique e presidente do Grupo de Contacto para assunto do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
A base encerrada é a primeira fora da província de Sofala, de acordo com uma nota enviada ao “O País”.
“Agora que nos aproximamos do final do ano, aproveitamos a oportunidade para reflectir sobre os últimos meses e expressamos a nossa profunda admiração pelas partes e pelas equipas no terreno, que trabalharam incansavelmente para assegurar que o processo do DDR se mantenha em marcha, apesar das condições desafiantes”, diz Mirko Manzoni.
No mesmo documento, a fonte refere que o anúncio do surto da COVID-19 em Moçambique, em Março deste ano, podia perturbar os esforços do país em prol de uma paz duradoura. “Contudo, graças ao compromisso continuado dos líderes de ambas as partes, o progresso na implementação do Acordo de Maputo tem sido louvável”.
“Com o encerramento de hoje, conta-se já um total de seis bases encerradas em 2020. Aguardando com expectativa o ano de 2021, o trabalho que temos pela frente é imenso, e os nossos pensamentos vão para os cerca de 3.700 combatentes que aguardam pacientemente pela sua oportunidade de passar pelo processo de DDR e regressar a casa”, acrescenta Mirko Manzoni na nota a que “O País” teve acesso.
Mirko Manzoni termina dizendo que o Grupo de Contacto continua a “trabalhar diligentemente” com as partes, as comunidades locais e os parceiros para apoiar homens e mulheres que passaram à vida civil na sua “contribuição para um futuro de paz e prosperidade em Moçambique”.
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