Cardi B terá de apresentar-se no Tribunal Federal para convencer um júri da sua inocência após ter sido processada por ter usado a fotografia de um homem como capa do seu projecto Gangsta Bitch Music Vol. 1.
O Juri decidiu isso na passada sexta-feira, 4 de dezembro.
A artista fez photoshopping da tatuagem de um homem na capa do seu álbum.
O jovem, Kevin Brophy Jr., alega que a rapper retratou a sua semelhança de “uma forma enganosa, ofensiva, humilhante e provocativamente sexual”.
A defesa do queixoso alega que a sua tatuagem levou os ouvintes a transmitir a sua música.
Sendo então a suposta “razão” do seu sucesso.
Cormac Carney, o juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, rejeitou o argumento inicial de Cardi.
“Para constituir um uso justo transformativo, a imagem revisada deve ter elementos transformadores ou criativos significativos para torná-la algo mais do que mera semelhança ou imitação”, diz a decisão de Carney.
“Um júri razoável neste caso poderia concluir que não há elementos transformadores ou criativos suficientes na capa do GBMV1 para constituir um uso transformador da tatuagem do Requerente.”
Como é que a tatuagem de Kevin Brophy Jr foi parar na capa do álbum de Cardi?
Segundo o testemunho de Timm Gooden, o designer gráfico que criou a arte, ele recebeu US$ 50 para fazer um projeto.
Após ter enviado o projecto da arte, ele foi instruído a encontrar uma tatuagem adicional para fazer o photoshop nas costas do modelo masculino visto na capa.
Para este fim, Timm simplesmente pesquisou “tatuagens nas costas” no Google.
Quando encontrou a tatuagem de Brophy, usou-a.
A artista tentou explicar ao juiz que a tatuagem foi utilizada de forma criativa, por ter sido reposicionada.
Entretanto, este acredita que os jurados podem considerar essa justificativa insuficientemente criativa.
“Mais significativamente, os elementos definidores, incluindo o tigre e a cobra, permanecem virtualmente inalterados”, continua a decisão de Carney. “Nessas circunstâncias, um júri terá que decidir o mérito da defesa dos réus.”
Apesar de tudo, o juiz não acredita que a tatuagem de Brophy tenha sido o motivo do sucesso do seu álbum.
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